domingo, 23 de outubro de 2011

[CARTILHA] Creches Públicas: garantir o direito das mulheres ao trabalho e ao estudo

Elaborada pelo Coletivo Classista Feminista LIBERTÁRIAS e pelo Coletivo PEDAGOGIA EM LUTA através de um grupo de estudos, a cartilha "Creches Públicas" trás a discussão da mulher como gênero construído socialmente e seu papel dentro da família e da sociedade em geral. Aborda também a situação de superexploração a que estão submetidas pelo capitalismo a maioria das mulheres trabalhadoras brasileiras. A partir dai, fundamenta o carater classista da reivindicação por creches públicas, principalmente vinculadas às universidades brasileiras, ambiente de militância dos Coletivos. A cartilha cumpre a função de auxiliar teórico-prático na campanha pretendida pelos Coletivos que a constroem. Vale a pena ler!





LEIA ABAIXO A INTRODUÇÃO.
FAÇA O DOWNLOAD DA CARTILHA COMPLETA



 INTRODUÇÃO

De acordo com a pesquisa feita pelo IBGE (17/09/2010), as mulheres brasileiras constituem um total de 39,5 milhões de trabalhadoras. Desta massa de proletárias, mais da metade delas (51,2%) está submetida ao trabalho informal. Os dados mostram que 17% das mulheres estão no trabalho doméstico, e 72,8% destas empregadas domésticas não possuem carteira assinada. Além disso, a taxa de jovens mulheres, entre 16 a 24 anos, na informalidade é altíssima (69,2%), o que se explica pela difícil realidade de conciliação entre trabalho, estudo e afazeres domésticos.

As mulheres trabalhadoras da sociedade brasileira são vítimas de uma herança sócio-cultural patriarcal, capitalista e exploradora que as enquadra sempre em termos da seguinte função: cuidar dos filhos e da casa, porque este, supostamente, seria seu dever de mãe. Por ter o “dom de parir”, a mulher foi relegada da possibilidade de participar de espaços públicos: para a sociedade, sua função é apenas a maternidade, pois assim é considerado “de sua natureza”.

A exploração gerada por essa concepção de maternidade, que dificulta enormemente a participação efetiva das mulheres nos espaços públicos, nos leva a concluir que o capitalismo se aproveita dessa condição de diversas formas: seu trabalho doméstico (por ser considerado de menor importância para os assuntos públicos da sociedade) é cada vez mais desvalorizado, mal pago (quando pago), exige longas horas de jornada, e as sujeita a maus tratos tanto físico quanto psicológico. Portanto, para quebrar a atual noção de maternidade, que funciona como forma de opressão às mulheres, a reivindicação histórica do movimento feminino por creches públicas de qualidade compreende então uma pauta fundamental no que diz respeito à emancipação da mulher. Um sistema de qualidade e gratuito de creches possibilitaria, a nível material, uma verdadeira e mais ampla participação das mulheres nos espaços públicos.

As políticas governamentais até hoje não atenderam as necessidades da grande massa de mulheres trabalhadoras: as creches privadas são de custo muito elevado, as públicas estão sempre lotadas e em condições precárias. As políticas ‘tapa-buraco’ como o auxílio-creche e creche-domiciliar não cumprem a função de prover a educação infantil, precarizam e flexibilizam as relações de trabalho, além de incentivarem o desenvolvimento das creches privadas em detrimento das públicas.
PELA ABERTURA DE CRECHES PÚBLICAS JÁ!
GARANTIR O DIREITO DAS MULHERES AO TRABALHO E AO ESTUDO!

 

sábado, 8 de outubro de 2011

AVALIAÇÃO POLÍTICA DOS ENCONTROS NACIONAIS DE ÁREA

 .
26º ENECS - Encontro Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais

33º ENESS - Encontro Nacional dos Estudantes Serviço Social



32º ENEL - Encontro Nacional dos Estudantes Letras

31º ENEPe - Encontro Nacional dos Estudantes Pedagogia


Construir Congressos de Base Democráticos!
Coordenar Nacionalmente as Lutas Estudantis via Organizações por Local de Estudo!

Ocupação da Reitoria do Instituto Federal de Brasília (IFB)


No dia 06 de outubro (quinta feira) a RECC organizou juntamente com os/as estudantes do IFB um debate na ocupação da Reitoria do IFB com o tema “O Novo PNE e a Luta Estudantil Combativa”. No debate foi distribuida a cartilha sobre o novo PNE feita pela RECC, foi passado o filme sobre a "Revolta dos Pingüins" (Chile, 2007) assim como realizado um debate sobre a reorganização do movimento estudantil brasileiro.

Fotos do debate:




Moção de apoio à ocupação da Reitoria do Instituto Federal de Brasília - IFB


A Rede Estudantil Classista Combativa – RECC, através dessa moção, saúda os companheiros (servidores, professores e estudantes) pela ocupação da Reitoria do IFB iniciada no dia 28/09. A ação combativa, em resposta a postura inflexível que o governo tem tido frente a greve dos técnico administrativos e docentes das instituições federais de educação básica, profissional e técnológica, é reconhecida e solidarizada por nós, estudantes proletários.

O quadro no qual a educação brasileira está submetida nos últimos anos, em especial devido as reformas na educação iniciada pelo governo Lula/PT e tendo continuidade agora no governo de Dilma Rousseff/PT-PMDB, que ultrapassam meramente o descaso de gestão pública mas invoca, isso sim, uma linha política neoliberal para a educação, um plano de privatização em massa que tem por intuito formar mão de obra qualificada barata e precarizar os profissionais da educação, sucateando-a.

Com um corte histórico no orçamento da educação no início do ano, de 3,1 bilhões, e o já quase aprovado Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020), o atual Governo demosntra que tem na manga um pacote de planos neoliberais, que na prática afetam todos os setores da educação, precarizando-a através das privatizações e massificação sucateada. Ou seja, o tendenciamento da educação é aquela que sirva aos interesses do capital e da burguesia nacional e que esses ataques se dão inicialmente aos profissionais da educação.

Acreditamos que é através de um Fórum de Oposições unificado pela base, que congregue estudantes, professores, servidores e teceirizados, é que podemos impulsionar a construção em conjunto da Greve Geral na Educação, podemos assim criar as condições de barrar esses ataques na educação, utilizando de métodos de ação direta.

Esse é o período em que nos solidarizando é que possamos nos articular com mais força contra a macro-política neoliberal para a educação e que possamos construir uma educação emancipadora que sirva aos interesses da classe trabalhadora.

Rede Estudantil Classista e Combativa,

Brasília, 4 de outubro de 2011.



Todo Apoio a Ocupação do IFB e a Greve do SINASEFE!
Construir a Greve Geral na Educação!
Abaixo o PNE Neoliberal!