quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ceará: Uma análise das eleições para o DCE/UFC: chapas, programas, processos e conjuntura


Os Sujos e Os Mal-Lavados.


(Uma análise das eleições para o DCE/UFC: chapas, programas, processos e conjuntura)

O processo eleitoral para a nova dreção do DCE/UFC, após longos e conturbados dois anos de gestão governista da chapa “Agora Só Falta Você” (Mudança/PT e Conscência/PDT) . Momentos como estes são, no mínimo, pedagógico pois arem oportunidades para discussões sobre a Universidade que queremos (que nos, da RECC, já deixamos claro que defendemos uma Universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora. ), mas o caráter mais pedagógico deste momento é revelar ao conjunto dos estudantes quem é quem dentro do movimento estudantil, desmascara os setores realmente combativos e de luta e tamém revela quem são os setores oportunistas e aparatistas.

Antes de mais nada, é preciso uma caracterização teórica da Universidade brasileira hoje: O ensino superior brasileiro (e a UFC não foge a regra) é, ao mesmo tempo, policlassita e elitista, ou seja, agrega setores de todas as classes sociais, porém as camadas populares só possuem uma maior parcela em poucos cursos, quase todos licenciaturas, enquanto os ditos cursos “de ponta” mostram-se hegemonizados pelos filhos da burguesia, a classe a quem, históricamente, serve a universidade. Logo, é preciso entender que “estudante” é uma categoria social de transição. A condição de estudante implica a transição entre uma origem de classe herdada e sua inserção numa futura atividade ou processo de trabalho. A educação não garante mobilidade social ascendente expressiva, de maneira a mudar a condição de classe.

As eleições para DCE deste ano contam com três chapas que, de fato, possuem suas diferenças, mas possum um ponto em comum: nenhuma delas rompe com o Ministério da Juventude do Governo Lula/PT, a União Nacional dos Estudantes (UNE), apoiadora e co-autora do projeto neoliberal de Reforma Universitária, a mesma UNE que chamou de “reacionários” os estudantes que ocuparam as reitorias de suas Universidades contra o REUNI e a mesma UNE que hoje negocia direitos históricos dos estudantes, como o direito à meia-entrada ilimitada, em troca da transformação dos grande cartel de carteiras de estudantes que existem hoje no Brasil em um monopólio da UNE. Nenhuma das chapas foi capaz de colocar-se, no âmbito nacional do ME, de enconro à este câncer governista que devora e mata por dentro o movimento estudantil brasileiro.


CHAPA I: DA LUTA NÃO ME RETIRO – OPOSIÇÃO.

A composição desta chapa é bastante heterogênea, aglutinando tanto setores burocratas como setores combativos. Porém, em virtude deste último setor compor-se como mínoria, acaba sendo levado a reboque dos setor paragovernistas e burocráticos. As três principais forças dentro desta chapa são os 'anelistas' da juventude do PSTU, o Movimento Toda Voz e o coletivo Levante, merecendo uma caracterização a parte cada um destas agremiações.

Tanto o coletivo Levante quanto o Movimento Toda Voz são oriundos da cisão que ocorreu no antigo coletivo 'Amar e Mudar as Coisas', o mesmo coletivo que, quando a última eleição não alcançou o quorum necessário, foi contra a criação de uma comissão gestora do DCE, pois achava que podia trazer o Mudança/PT para o seu lado após o racha interno que ouve na gestão. Foi este também o coletivo que abandonou a ocupação da reitoria na luta contra o REUNI em 2007, sendo bastante contraditório estarem em uma chapa chamada 'Da Luta Não me Retiro'.

Coletivo Levante: O Levante é um coletivo nacional ligado ao ENLACE/PSOL e forma o principal setor da finada Frente de Oposição de Esquerda da UNE (FOE-UNE), grupo que surgi com a odiosa missão de barrar a ruptura do movimento que esta estrutura do governismo que é a UNE.. Na UFC, passaram a reivindicar- se nos espaço como tal após a isão de seu antigo coletivo. São o setor mais claramente aparatista, buscando conquistar o aparalhe do DCE não importa a que custo, deixando isso bem claro em suas politicas (“Eu tô aqui pra ganhar!”). Desde o início da ofrmação da chapa, colocaram o debate de cargos acima do debate político e programático (“quatro cargos para o Toda Voz, três para o Levante, dois para o PSTU...”), afirmando que havia uma “convergência de análises”. Chegaram ao cúmulo de propor unidade com o PCR, em nome de uma unidade dos setores de oposição ao DCE.

Movimento Toda Voz: Grupo recém-criado e a maior força dentro da Chapa I. Ligados à Consulta Popular, são defensores de um movimento estudantil artístico, já que o principal problema do ME é que ele é muito zangado! Este grupo faz nascer a iusão no seio do ME de que cirandas vão transformar a Universidade e que a reitoria fica amedrontada com um poema. Provavelmente por influência deste grupo é que o primeiro material da chpa defendesse um ME 'irreverente' (sic).

Politicamente, este é talvez o grupo mais burocrático, defendendo transformar o 'velho movimento estudantil' (gíria para movimento combativo), pois este não dialoga com os estudantes. Em nome deste suposto diálogo, foi contra que o moterial da chapa sobre o REUNI fizesse a denúncia do Governo Lula/PT (“isso não dialoga!”). A política deste grupo em nada nos faz avançar em combatividade e não supera as etruturas burocráticas da Universidade, na verdade, as reivindica.

Juventude do PSTU: O PSTU merece uma atenção especial, pois de maneira geral vem dando uma guinada a direita nas sua politica nos ultimos anos e isso se expressa em varios setores inclusive estudantil,uma prova disso é a defesa de uma linha de liquidação da Conlutas em favor da fusão com a para-governista Intersindical. A fusão destas duas centrais representa o projeto de aliança eleitoral PSTU/PSOL/PCB para 2010. Essa politica está expressa também nas alianças como estas em chapas de DCE mesmo que com o programa rebaixado.

É importante perceber a propria criação da ANEL, em um congresso oportunista que visava algo duplo a aproximação com os setores da FOE/UNE e a liquidação da conlutas criando um organismo estritamente estudantil. Esta entidade, que nasceu de maneira atropelada, não rompeu com a UNE e demonstrou logo de inicio sua politica para-governista de medidas provisorias.

Na UFC são um grupo pequeno,mas significativo, mas por sua minoria os tornam submissos mediante as posições das correntes ligadas ao Psol, sempre cristalizando a unidade da esquerda, isso se deve muito em parte do ano passado eles terem feito a proposta de unidade para o DCE e o Psol não aceitou.Isso faz como que hoje estajam dispostos a terem uma chapa que nem sequer cita o governo Lula em nome da unidade.


CHAPA II – Por Amor à UFC.


Esta chapa é composta por três grupos que em nada diferenciam- se um do outro: UJS/PCdoB, Consciência/PDT e Mudança/PT. Os três grupos são ferrenhos defensores das reformas privatizantes de Lula/PT e aliados dos ataques da reitoria contra os estudantes filhos da classe trabalhadora. Este grupo em nada soma ao movimento estudantil da UFC. Seu debate é puramente aparatista, sendo mais adequado um nome do tipo “Por Amor ao DCE”.

Consciência/PDT e Mudança/PT já compõe a atual gestão governista do DCE que apoiou o REUNI, foi contra o V Congresso de Estudantes da UFC, em nada apoiou a luta estudantil contra o aumento de passagem e, de cabeça baixa, assistiu a reitoria transformar a Concha Acústica no seu quintal particular, proibindo o uso deste para as tradicionais calouradas. A UJS/PCdoB, por incorporar a mesma política governista/pelega/ burocrática, entrou para compor o blocão governista. Fica tão claro o apoio desta chapa ao governo em todas assuas esferas que o próprio nome é uma cópia deslavada do slogan da Prefeitura, “Por Amor à Fortaleza”.

Sua principal força sçao os cursos do interior, onde o REUNI de maneira geral, ainda é entendido como algo positivo, pois em seu primeiro momento pode se observar uma série de obras, sem no caso entender a falta de autonomia de recursos e a expansão sem qualidade, com intereses voltados unicamente ao mercado.


CHAPA III – Rebele-se!


O próprio nome já declara quem é o grupo que controla esta chapa: PCR. Este grupo, históricamente, caracteriza- se pelo discurso revolucionário e uma prática reformista. São famosos por sua política aparatista e aparelhista.

Já fora, anteriormente, gestão do DCE/UFC, em uma aliança stalinista com a UJS/PC do B. São atualmente gestão do CA Paulo Freire (Pedagogia/UFC) e do DCE do IFET. Em todos os locais onde passaram, foram acusados de fraudes e desvios de verba. Vale ressaltar a política oportunista deste setor durante sua curta e patética atuação contra o aumento da passagem, o qual tentaram claramente aparelhar e colocar a serviço de sua entidade fantasma: a UESM.

Sua força é exclusivamente no Nordeste, em especial no estado de Pernambuco, que costumam ser deslocados para cá nos momentos de luta pelo aparato..

Neste sentido entendemos que todas as chapas inscritas para esse processo, salientando suas distinções, mantêm uma política de parlamentarismo estudantil, onde o principal é a busca pela manutenção de aparatos onde as lutas estudantis são secundarizadas ou até mesmo dispensadas.

Em virtude disso, convocamos todos os estudantes da UFC a votarem nulo nesta eleição para DCE. Nosso chamado ao boicote eleitoral deve ser entendido não como algo principista, mas conjutural, pois nenhuma das chapas se dispõem a efetuar uma política combativa, em defesa dos filhos da classe trabalhadora, para o DCE/UFC.

É importante lembrar que as eleições passadas para o DCE/UFC , não deu quorum eleitoral, isso se deve porque as superestruturas como DCE estão completamente desviculados da realidade da base do conjunto dos estudantes, muito porque as lutas setoriais se dão de maneira mínima.

Materializando nossa critica, convocamos todos os lutadores do povo que atuam dentro da UFC, nas bases de seus cursos, a construir um movimento de oposição classista e combativa ao DCE/UFC , que estenda sua luta para muito além do processo eleitoral alienado, a partir de uma política classista que rompa com o legalismo dos setores governistas e paragovernistas, fortalecendos as lutas e entidades de base e convocando a unidade com a classe trabalhadora a partir de métodos de ação direta, sendo um germe das reivindicações dos estudantes proletários da UFC.


FORA GOVERNISTAS E PARAGOVENISTAS!

FORTALECER AS OPOSIÇÕES DE BASE CLASSISTAS E COMBATIVAS!

CONSTRUIR A UNIVERSIDADE POPULAR!

AVANTE RECC!


Rede Estudantil Classista e Combativa.

sábado, 12 de setembro de 2009

Comunicado da RECC-UFF, N° 1, ano-1, setembro/2009


O BALANÇO DAS ÚLTIMAS LUTAS ESTUDANTIS E A ATUAL CONJUNTURA


O movimento estudantil no Brasil e aqui na UFF se encontra em declínio no que diz respeito as lutas e mobilizações, já que as poucas realizadas não conseguem ter uma continuidade. Esse cenário é resultado da prática política vigente dos setores majoritários do movimento estudantil (PT/PC do B) representando a ala governista, isto é, estão ao lado do governo Lula, empresários e do Estado e (PSOL/PSTU) representando o para-governismo, isto é, falam em nome dos estudantes como seus representantes através de discursos demagogos, levantam algumas poucas bandeiras históricas, mas na prática reforçam a prática governista. Assim nos últimos anos poucas foram as mobilizações que alcançaram alguma vitória, pois como falamos anteriormente não houve uma continuidade. Apresentaremos neste texto as lutas combativas que ocorreram nos últimos dois anos e o porque de essas não ter avançado, para depois falarmos da atual conjuntura, especificamente o atual cenário da UFF.

No ano de 2007, ocorreram duas lutas significativas do movimento estudantil: o ato combativo pelo passe livre no Rio de Janeiro, que contou com a presença de cerca de 5.000 estudantes universitários e secundaristas; e a ocupação da USP. No primeiro caso, uma possível continuidade de mobilizações e lutas radicalizadas foi abandonada, devido a prática dos setores dominantes do movimento estudantil que a privilegiaram a burocracia em detrimento da ação direta. Essa política afastou os estudantes da luta, o que favoreceu o enfraquecimento da mobilização, além da possibilidade avançar para outras pautas específicas. No caso da USP, que foi iniciada por estudantes combativos independentes e de outras organizações menores, os setores para-governistas boicotaram a ocupação. Esse boicote foi visto em duas assembleias da ocupação que o PSOL e PSTU votaram pelo fim da mesma. Esse fato comprova a nossa tese: o para-governismo faz a política que o governismo quer, sem precisar deste ao seu lado.

O ano de 2008 a ocupação da UNB que se iniciou com caráter combativo, classista e independente, tinha como pauta de luta não somente as questão das fundações privadas, mas também a luta contra a burocracia dos conselhos universitários1, etc. Esta ocupação também foi capitulada pelos setores governistas e para-governistas, além de ter tido a ajuda direta da mídia e alguns políticos de Brasília dando ênfase na questão da corrupção, camuflando o verdadeiro sentido e objetivo da ocupação. No ano passado (2008) no 2° semestre, ocorreu na UFF a continuidade da luta contra o REUNI, através dos piquetes e assembléias comunitárias realizadas contra a estrutura autoritária, burocrática e elitista dos colegiados, principalmente no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF), com as assembléias foi possível se organizar contra o curso de segurança pública para graduação (que foi barrado graças aos piquetes), a fragmentação do curso de ciências sociais, etc. Após a realização de uma Assembléia Comunitária com cerca de 300 estudantes, onde foi aprovado a revogação do projeto de expansão do ICHF (projeto este que caracterizava a fase de implantação do REUNI localmente, assim como objetivos pessoais da própria direção do Instituto), estava mais do que claro que a organização coletiva dos estudantes aliada ao método da ação direta, quebravam a lógica burocrática de negociação, nos possibilitando o caminho para vitórias mesmo que parciais. Mas o que vimos foi a atuação de forças do movimento estudantil, então encabeçado pelo PSOL(campo majoritário no DCE), que capitularam novamente, levando a luta para a burocracia, privilegiando o acordo de cúpula em detrimento da ação direta dos estudantes. Isso permitiu que fosse realizado um seminário sobre o projeto de expansão, onde os professores e diretoria do Instituto, favoráveis ao próprio projeto ganhassem espaço e legitimidade, deslegitimando assim as assembléias comunitárias e toda mobilização estudantil. Esta atuação do campo para-governista mostra como estes servem de blindagem protetora para as propostas governistas ao agirem covardemente de forma legalista e pacifista. Como resultado deste processo: enfraquecimento e desmobilização das lutas estudantis.

Sendo assim, a conjuntura do movimento estudantil atualmente na UFF aprofunda o retrocesso do ano anterior: pouca luta, pouca mobilização e principalmente quase nenhuma vitória do movimento. Isso se verifica atualmente pelo modo como o DCE está encaminhando e apresentando as lutas. Neste 2° semestre (2009) a “bandeira da vez” é a luta contra os cursos pagos através de plebiscitos e abaixo-assinados. Explicaremos alguns motivos que tal política poderá levar os estudantes a uma nova derrota: 1) o plebiscito que o DCE está chamando, é apenas um modo de consultar os estudantes acerca de uma determinada questão, e que mesmo todos sejam contra os cursos pagos, isso não levará ao fim dos cursos pagos, uma vez que tal resultado passará pelo CUV (conselho universitário) que só aprova os projetos de interesses do capital e do Estado, produzindo e reproduzindo a lógica excludente e elitista da universidade; 2) Mesmo o CUV votando a favor do fim dos cursos pagos, estes continuarão a existir, pois essa aprovação pode ser meramente simbólica. Como exemplo de tal situação, temos a moradia estudantil aprovada há mais de 6 anos e até hoje nunca saiu do papel. Isso demonstra que só conseguiremos nossos direitos com muita luta; 3) a luta contra os cursos pagos não pode ser separada das outras lutas estudantis e sindicais, como a luta pela moradia estudantil, contratação de professores e técnicos administrativos, fim do vestibular, etc. Essa luta isolada é utilizada de forma oportunista “camuflando” as outras demandas que estão relacionadas entre si. O oportunismo se dá principalmente pela aproximação das eleições para o DCE e este que desde a capitulação no ano passado não se apresenta nas lutas, chama plebiscitos. Esta prática serve para a manutenção da universidade como é e não rumo a uma universidade popular que seja construída pelo povo e a serviço do mesmo; 4) Por último, para que essas lutas estejam mobilizadas, é preciso levá-las para as bases, isto é, para os DA's ,CA's e oposições, para que haja um acúmulo de discussão e apontamentos práticos para o combate aos cursos pagos e outras demandas. Não podemos esperar que o DCE de cima para baixo consiga organizar os estudantes.

Assim, a RECC (Rede Estudantil Classista e Combativa) chama todos os estudantes insatisfeitos com o atual movimento estudantil a participar das reuniões da rede, para que possamos fortalecer os DA´s combativos e oposições aos DA's e DCE's pelegos que desmobilizam os estudantes e reproduzem a exploração de classes.

É necessário construir debates que apontem para uma reflexão e chamem para a luta real, onde o estudante pobre se torna protagonista da transformação social em seu local de estudo, portanto não podemos nos perder em frases ou palavras de ordem vazias, mas pelo contrário nos organizar dentro de nossas capacidades e utilizar os meios necessários para combater o avanço liberal que privatiza e elitiza a educação. A luta contra os cursos pagos é a luta contra a mercantilização da educação, mas não podemos de forma alguma nutrir esperanças naqueles que outrora traíram o movimento. Não podemos nos enganar, mas sim lançar-se a luta com unhas e dentes! Por isso estamos construindo e convocamos todos ao debate:


“O RESGATE DAS LUTAS ESTUDANTIS E A ATUAL CONJUNTURA”

Exibição de documentário sobre mov. Estudantil em 68 e filme “O que é isso companheiro”, em seguida debate com prof. Haroldo de Abreu.

DIA: 16/09/2009 ÀS 18:00 HS
LOCAL: UFF- Bloco – E, sala 405
(Niterói- RJ)

Este debate é organizado pelo SERVIÇO SOCIAL EM LUTA, que integra a RECC.


AVANTE A RECC!!!
AVANTE O MOVIMENTO ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVO!!!



A próxima reunião da RECC- UFF, ocorrerá dia 21/09/09, no 2° andar do bloco E sala 204 (ao lado do DAMK) , às 19:30. Outras informações com os integrantes do Serviço Social em Luta.