terça-feira, 26 de abril de 2011

Nota do Coletivo Território Livre de avaliação do XIX ENEG


Companheiros (as) da Geografia,

O XIX Encontro Nacional dos Estudantes de Geografia (ENEG), ocorrido neste ano, Comprova o caráter apático, desorganizado e despolitizado do Movimento Estudantil (ME) de Geografia. Há algum tempo, principalmente após a vitória de Lula nas eleições burguesas (2002), vê-se o reformismo dominar os movimentos sociais, paralisando as lutas. Entretanto, na Geografia, o reformismo e o governismo não se expressam com tanta força, apesar disso, as lutas na Geografia estão estagnadas, isso porque se deturpam conceitos históricos do proletariado como “autogestão”, para na prática justificar uma total desorganização, onde “tudo é de todos”, mas nada é feito efetivamente.

A tarefa de organizar um bom Encontro de Estudantes de Geografia, com boas discussões políticas e que proporcione um verdadeiro acúmulo para nossa luta é desviada sob um discurso ridículo e oportunista do "chega lá e faz" (que mais parece com o lema liberal-burguês: "laissez faire, laissez aller, laissez passer", que significa: "deixai fazer, deixai ir, deixai passar"). Pela via desta "construção participativa", individualiza-se a cada participante do Encontro a responsabilidade pelas falhas do mesmo, sem que exista qualquer método organizativo para incorporar os estudante na participação do Encontro. O que ocasionou o fato de estudantes quererem participar dos espaços de debates mas não conseguirem, por problemas de atraso, falta de divulgação, locais inapropriados etc.

A Confederação Nacional de Entidades de Estudantes de Geografia (CONEEG) se utiliza da suposta horizontalidade para maquiar a burocracia e a tirania, que puderam ser vistas no ato de não encaminhar propostas a votação na plenária inicial do ENEG e de não aceitar críticas a organização da estrutura do Encontro e da CONEEG, onde seus “membros” reagiram de maneira histérica. Além disso, o caráter festivo percorreu desde o início do Encontro, onde, de modo absurdo, cerveja é vendida paralelamente a plenária inicial, ao lado da mesa e os próprios integrantes dessa consumindo cerveja.

Todas as mesas, GT´s e GD´s   foram esvaziadas. A culpa de tal falta de participação não se deve a subjetividade do estudantado em fazer Geoturismo, mas a estrutura do ENEG, que privilegiou dar estrutura aos shows em detrimento as atividades, que ocorreram sempre em um pátio, com horas de atraso, onde os estudantes tinham de se sentar ao chão.

Todas essas condições fizeram com que não houvesse um mínimo de participação e politização, no que pode ser chamado de não-Encontro. O Coletivo Território Livre interveio no ENEG de forma a disputar os espaços para a possibilidade de acumulação política. Para tal, o CTL realizou cartazes divulgando o GT (Grupo de Trabalho) de educação e deu peso organizativo no mesmo, para que pudesse haver o mínimo de acúmulo político. Nesse GT foram discutidos as reformas neoliberais na educação dos últimos anos no governo Lula/PT e que tem seguimento no governo Dilma/PT, que ao invés de democratizar, afastam a classe trabalhadora de uma educação de qualidade.
Foi encaminhado, que se fizesse uma cartilha expondo todas as discussões do GT, de forma que, a base possa ter acesso a essas informações. Podendo assim, organizar lutas contra a precarização da educação. Ainda, o Coletivo organizou uma mesa: “Movimento Estudantil, pra quê?” Com o objetivo de expor o histórico do ME, de modo a resgatar a combatividade dos estudantes das décadas de 60 e 70, opondo-se ao ME como está, vendido ao governo e estagnado nas lutas. 
 
Existem estudantes sinceros, mas a estrutura existente, ou melhor, inexistente, impossibilita qualquer coesão e organicidade. Para que tal situação possa se reverter, que o ME de Geografia saia da estagnação e as reais demandas de luta sejam efetivadas o Coletivo Território Livre defende uma organização pela base, onde todas as escolas e estudantes possam ser representados democraticamente através de uma estrutura de congresso, com debates políticos e eleição de delegados na base.

Reorganizar o Movimento Estudantil sob as bandeiras do classismo e da combatividade!

Por um Congresso de Base!

Por uma Geografia que sirva aos interesses da Classe Trabalhadora!


COLETIVO TERRITÓRIO LIVRE

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nota de apoio às terceirizadas e terceirizados da USP

[proletariado super-explorado/terceirzado em marcha pela USP]


O Coletivo Feminista Classista LIBERTÁRIAS, que organiza mulheres estudantes e trabalhadoras na luta contra toda a exploração e opressão de classe e de gênero, manifesta seu apoio à justa luta travada pelas companheiras e companheiros da USP, que reivindicam seus salários atrasados e desejam acabar com a situação de semi-escravidão a que estão submetidos (péssimas condições de trabalho, superexploração, etc.).

Parabenizamos a iniciativa desses trabalhadores e principalmente das mulheres (maioria neste movimento), as quais constituem a maioria no setor precarizado de serviços em todo o mundo, recebem salários mais baixos e, além disso, sempre foram excluídas das lutas e atuações políticas. Assim, é indispensável que as mulheres estejam à frente do movimento, fazendo-se ouvir em suas reivindicações. Certamente a atuação das trabalhadoras da USP servirá de exemplo e motivação!

A diferença de salário e de direitos entre trabalhadores terceirizados e efetivos é grande. Além de servir como meio de redução dos gastos dos empresários, isso também é feito com o intuito de dividir a classe trabalhadora. A luta dos terceirizados deve ser conjunta com a dos outros trabalhadores, e inclusive é importante lutar para que todos sejam representados pelo mesmo sindicato (no caso, o SINTUSP).

A reivindicação final dos terceirizados, é claro, é ser efetivado. Para isso deve existir a garantia de que os terceirizados já contratados sejam efetivados sem a necessidade de concurso público. Além disso, é preciso lutar contra todo tipo de punição e perseguição aos militantes do movimento trabalhador ou estudantil.

A reitoria é responsável por autorizar a privatização, que prevê a terceirização e sucateamento da universidade. A terceirização nada mais é do que: órgãos públicos entregando dinheiro que o povo produz para que empresas privadas superexplorem o povo, tirando-lhe direitos trabalhistas, e dando-lhe um salário baixíssimo. Tudo isso beneficia apenas os donos dessas empresas que lucram explorando esses trabalhadores ao máximo.

Essa é uma realidade presente em todos os lugares onde há o neoliberalismo, fruto do atual estágio do capitalismo. Dessa forma a luta de vocês é a luta de trabalhadores em todo o mundo.

Os terceirizados, como vanguarda destas lutas devem se unir aos estudantes e demais trabalhadores e continuar defendendo seus direitos de forma combativa


VIVA A INSURREIÇÃO DAS VASSOURAS!


MESMO TRABALHO, MESMO SALÁRIO, MESMO DIREITO. SOMOS TODOS TRABALHADORES!


Coletivo Feminista Classista LIBERTÁRIAS - DF

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Atos em Brasília contra o corte de 3 bi na Educação


Atos nos dias 12 e 13 de abril mobilizam estudantes no início da luta contra o corte na educação. Confira breve relato e mais fotos no blog do Movimento Secundarista:





ABAIXO O CORTE JÁ!
CRESCER O PROTESTO POPULAR!

domingo, 3 de abril de 2011

Saudações da RECC a Oposição de Resistência Classista – Educação/RJ!

Nós da Rede Estudantil Classista e Combativa viemos por meio desta pequena nota saudar a criação da Oposição de Resistência Classista, com atuação na rede estadual dos trabalhadores da educação do Rio de Janeiro. Esta oposição ligada ao Fórum de Resistência pela Base-RJ faz parte de um processo histórico de reorganização da classe trabalhadora, e é ai que reside sua importância e o motivo maior de nossa saudação aos camaradas que agora reforçam de forma coletiva a trincheira da luta anti-governista.

Como estudantes-proletários, que conhecem e sofrem diariamente a precarização das condições de estudo e trabalho nas escolas públicas, reconhecemos em nosso próprio processo de luta a necessidade de romper o corporativismo e se fazer classe ao lado de nossos companheiros professores e servidores, unificando-nos sob a  bandeira classista da Educação Popular. Atualmente tal bandeira significa a luta por melhores salários e condições de estudo, contra o corte de 50 bilhões ao orçamento público, o corte de 3,1 bilhões para a educação e demais ataques anunciados pelo Governo Dilma/PT.

Nos posicionamos ombro-a-ombro aos camaradas da Oposição de Resistência Classista para as batalhas presentes e futuras, com solidariedade de classe e combatividade.

Unidos somos muitos, organizados somos fortes!
Viva a Oposição de Resistência Classista!
Abaixo a Política Neoliberal do Governo Dilma/PT!