terça-feira, 28 de maio de 2013

I ERECS (Encontro Regional de Estudantes de Ciências Sociais):

Um passo a frente na construção do Movimento Estudantil Combativo.
 
Entre os dias 27 de Abril a 1° de Maio de 2013, ocorreu na UnB (Universidade de Brasília) o I ERECS (Encontro Regional de Estudantes de Ciências Sociais) Centro Oeste. O evento contou com a participação dos estudantes e dos centros acadêmicos das principais universidades federais da Região: UnB (CASO), UFMT (CACIS), UFG Goiânia e Catalão (CACS), UFMS (CACISO) e observadores de outras localidades. Com a Temática: “Conflitos Urbanos e Rurais”, o encontro visou se debruçar sobre as principais contradições de classe presentes na região e armar os estudantes de ciências sociais de uma Coordenação capaz de fazer frente aos desafios colocados pela luta.
A RECC, através do Coletivo LutaSociais e seus militantes atuantes nos centros acadêmicos da região, ajudou a impulsionar o encontro tendo em vista que o movimento de curso cumpre um papel estratégico na reorganização do Movimento Estudantil Classista e Combativo no brasil, potencial este paralisado ou colocado em segundo plano pelos partidos reformistas (PT, PSOL e PSTU).

segunda-feira, 27 de maio de 2013

POR UM NOVO MOVIMENTO ESTUDANTIL



Construir as Oposições nos locais de estudo



O período de eleição de um Grêmio Estudantil, Centro Acadêmico (CA) ou Diretório Central dos Estudantes (DCE) é quase sempre acompanhado por certo entusiasmo das chapas e maior interesse político dos estudantes. Apesar disso, diferente do que muitos pensam e fazem, a construção do Movimento Estudantil (ME) não se resume ao período eleitoral e nem tem neste seu momento mais importante. Pretendemos com este artigo discutir alguns equívocos, vícios e politicagem que impregnam o ME e sugerir a importância daquilo que chamamos de “Política de Oposição” para a construção de um novo ME.
A Política Eleitoreira
A política eleitoreira é uma velha conhecida do povo. Em resumo, é o vale-tudo para se vencer determinadas eleições. Bastante praticada nas eleições estatais, ela também é reproduzida no interior do Movimento Estudantil, sobretudo pelos próprios partidos eleitorais – mas não somente e nem necessariamente. A política eleitoreira pode ser definida também como um “parlamentarismo estudantil”, e leva sempre a um fim imediato: uma entidade estudantil fraca e superestrutural, que não atende aos interesses da luta coletiva.
Visto a “olho nu”, a principal característica dos grupos e militantes que praticam a política eleitoreira é a contradição entre seu entusiasmo “político” nos períodos eleitorais e seu “sumiço” no restante do ano. Durante eleição, acordam cedo e aparecem colando cartazes, distribuindo panfletos ou passando em salas pra ganhar nosso voto, mas difícil é vê-los com o mesmo entusiasmo antes das eleições, e pior, às vezes nem mesmo os vemos depois de vencê-las. Também assumem característica burocrática, quer dizer, só os vemos “lutar” na internet, nas mesas de negociação ou nos ofícios entregue junto às autoridades.

REFORMA DO ENSINO MÉDIO:



Um projeto a serviço dos “Playboys”




“Enquanto eles continuam mentindo, o povo quer saber quem é que vai pagar por isso”. Comando DMC (Grupo de Rap)

A divulgação do resultado do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2012 demonstrou uma estagnação da nota do Ensino Médio desde 2009. Tal fato levou o atual Ministro da Educação, Aluísio Mercadante, a anunciar publicamente que o Ensino Médio passaria por uma grande reforma a nível nacional, a partir do ano de 2013. Os eixos centrais da política de reformulação do governo são dois: a aplicação do Ensino Integral e a criação de grandes Blocos Temáticos relacionados ao ENEM.
 Apesar de todo o discurso demagógico da “inovação interdisciplinar” e da “redução da evasão escolar” precisamos observar friamente os verdadeiros interesses do Governo e das elites brasileiras nesta Reforma: formar “mão de obra” barata provinda das escolas públicas, avançar na privatização do ensino, diminuir o quadro de professores e melhorar artificialmente as estatísticas do Governo.

GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS:



2012: Balanços e perspectivas


       O ano de 2012 pôs em evidência as precárias condições de trabalho e estudo no setor da educação, principalmente através da greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Esta greve foi convocada pelo ANDES-SN, e teve início no dia 17 de maio de 2012, contando com 50 instituições em greve por tempo indeterminado. Acompanhando a greve docente, estudantes de no mínimo 30 Universidades Federais também deflagraram Greve Estudantil.
      Podemos refletir sobre a Greve de dois modos, interligados entre si: a da indagação do que foi o movimento grevista e as razões de seu limitado desenvolvimento. O pano de fundo da política educacional e econômica do Governo já foi brevemente discutido no Comunicado Nacional da RECC nº10. Portanto nos deteremos aqui nos problemas do desenvolvimento da greve, em especial a estudantil.
       Mas por qual motivo, um ano após a ocorrência desta Greve, decidimos retomar este debate? Essa análise/balanço é fundamental, pois apesar desta greve ter atingido muitas universidades/institutos federais e também o serviço público federal, é preciso entender o motivo deste movimento não ter obtido êxito completo em suas reivindicações. Aprender com os nossos erros enquanto classe não nos deixa desiludir frente as batalhas perdidas, e nos permite superar tais erros para em um futuro próximo avançar em uma mobilização mais forte para arrancar nossas pautas do Governo. O Comando Nacional de Greve Estudantil (CNGE) foi uma boa iniciativa, contudo este sofreu vários problemas organizativos e de representatividade que analisaremos aqui:

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA E ASSÉDIO MORAL


Solidariedade ao professor Marcléo



         Continua a luta em defesa do companheiro Marcléo Rosseli. Seu caso vem sendo divulgado em alguns jornais e boletins de movimentos sociais. Militante antigo da esquerda revolucionária no DF,  um dos fundadores da Conlutas, o professor Marcléo sofreu duas demissões políticas gravíssimas, das quais recorre na Justiça. Os processos se arrastam até hoje, sem chegar a uma solução.
         Primeiro, durante seu estágio probatório na Fundação Educacional do DF, na década de 90, durante o governo Roriz (ex-PMDB, atual PSC) e a gestão de Eurides Brito (PMDB), foi exonerado através de um processo administrativo repleto de calúnias e vícios jurídicos. “Durante a gestão de Cristovam Buarque foi formada uma comissão revisora do seu processo contando com membros do SINPRO-DF. Porém, por fazer parte do bloco de oposição ao sindicalismo pelego, foram retiradas as questões mais graves e absurdas na tentativa de dar legalidade e legitimidade ao processo, mantendo a maior penalidade: demissão do serviço público ao professor” (blog Combate Estudantil, 28/11/2010).

Universidades Pagas


Construir o movimento estudantil classista nas faculdades e universidades pagas


        A juventude dos Partidos ditos radicais ou anti-governistas de esquerda, a exemplo do PSOL e PSTU, manifestam em suas teses e nos espaços em que participam o seu esforço e contribuição na luta pela melhoria das condições de existência da classe explorada. Contudo, essa abstrata luta no âmbito educacional junto à, e em prol da classe trabalhadora muito reivindicada pelos mesmos, é feita, quando ela existe, apenas dentro dos muros da Universidade pública, local notadamente ocupado pelos setores sociais mais abastados – em geral, filhos da burguesia, altos funcionários do Estado etc.

terça-feira, 21 de maio de 2013

[DF] Semana da Agricultura Camponesa



Semana da Agricultura Camponesa na escola rural do PAD-DF da primeiros passos na crítica ao latifúndio e na organização estudantil!
     Os audaciosos professores e estudantes do Centro Educacional localizado no PAD-DF[1] (Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal) organizaram nos dias 13, 14 e 15 de maio a primeira Semana da Agricultura Camponesa, uma importante iniciativa que possui como objetivo, segundo o próprio Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola: O Projeto Semana Camponesa, a ser realizado entre os dias 13 e 15 de maio, consiste na realização, dentro da escola, paralelamente e em contrapartida à semana Agrobrasília, de um ciclo de Palestras e Oficinas com temáticas relacionadas à questão do campo, segundo a perspectiva dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e dos movimentos sociais. Objetiva-se com o projeto trazer os movimentos sociais do campo e a Universidade para dentro da escola em uma perspectiva de intercâmbio, de troca de conhecimentos acerca da realidade agrária brasileira. A partir de discussões sobre trabalho no campo, agroecologia, transgênico, segurança alimentar, conflito fundiário e etc., situar o campo e a realidade do aluno camponês enquanto centralidade no processo educativo. A Semana teve palestras, apresentações de teatro e poesia dos estudantes, diversas oficinas ministradas pelos próprios estudantes, além de exposições artísticas em geral (desenhos, “arpilleras”, etc.)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Semana Nacional Classista e Combativa

O Dia Nacional de Luta dos Estudantes no Brasil e a Semana Nacional Classista e Combativa: de 2010 à 2013

 
            Quando em 2010 a RECC deliberou pelo reconhecimento do dia 28 de Março como Dia Nacional de Luta dos Estudantes e pela construção da Semana Nacional Classista e Combativa, tínhamos apenas um protótipo de organização nacional estudantil, que era a RECC (nascida em junho de 2009), cuja missão demonstrava-se ousada em razão da recusa da política e estrutura da UNE (hegemonizada pelo PCdoB) e também da recém-nascida ANEL (hegemonizada pelo PSTU). Apesar de ser natural o encontro e composição em comum com estas forças no chão de nossas escolas, como em algumas assembleias e atos etc., teríamos de fazê-lo na base da disputa de distintos projetos políticos e organizativos. Mas isto se daria no chão de nossas escolas e não na superestrutura destas entidades, e por isso não abandonamos os “milhares” ou “centenas” de estudantes que creditam alguma confiança política nelas  – ao contrário, houveram diversos casos de estudantes que romperam com os setores governistas e paragovernistas para hoje militarem junto à RECC. Aparentava para muitos ser esta uma tática suicida devido um suposto “isolamento”. Mas apesar da reconhecida notoriedade nacional de UNE ou ANEL,  podíamos dizer que estas eram mais uma projeção ampliada de sua imagem do que de fato representavam na realidade, ao menos nos locais (escolas e universidades) onde a RECC atuava – até então, no Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza. Nem UNE nem ANEL representavam, e ainda hoje continuam sem representar, uma base estudantil mobilizada muito significativa em nossas realidades. Mas para fazer este combate de concepções no interior do movimento estudantil – e disto dependia o combate global ao governismo, diga-se de passagem –, a RECC precisaria não só existir e se sustentar nas localidades, mas a partir daí ser capaz de coordenar nacionalmente seus esforços, e mais, ampliar sua organização e propaganda para outras cidades. É o que temos feito.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Boicotar a UNE traidora!


A UNE está prestes a realizar mais um de seus Congressos de fachada, onde a UJS sairá novamente com a presidência e todos cargos majoritários e a Oposição de Esquerda com uns carguinhos de migalha, apenas legitimando a entidade como um todo. A UNE não presta de forma nenhuma para a luta dos estudantes. Perdeu toda sua independência política e financeira, se vendendo ao governos e empresas. Por isso, não legitime esta entidade falida. Não vote no Congresso da UNE! Faça campanha contrária! Politize a luta contra o governismo no movimento estudantil! Derrotar a UNE na base!



sábado, 4 de maio de 2013

Greves da UNESP e UEG

Fortalecer e expandir as greves da UNESP e da UEG!
Levantar em revolta todos os campi do interior por uma Universidade Popular! 

(Leia versão em pdf. CLICANDO AQUI )

Brasil, Março de 2013 - Comunicado Nacional da RECC Nº14
www.redeclassista.blogspot.com | rede.mecc@gmail.com

“Por tudo isso, nos da UNESP de Marília estamos ocupando o prédio de direção da faculdade e fazendo greve: por que não queremos que os estudantes universitários e do cursinho abandonem a universidade, estamos lutando pela permanência dos filhos da classe trabalhadora.” (Nota da Greve estudantil de da UNESP-Marília à população)


Mais uma página na história de lutas e glórias está sendo construída nesse momento pelo movimento estudantil brasileiro. A revolta e a agitação das massas estudantis se alastraram como faísca pelos campi da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade Estadual de Goiás (UEG) e se expressaram em históricas assembleias gerais, manifestações, greves e ocupações. Na UEG a greve abarca servidores, professores e estudantes se configurando em uma forte greve geral. O motivo imediato das mobilizações é a precarização das condições de estudo vivenciadas nos campi do interior do país: sem Restaurantes Universitários de qualidade e que atendam a demanda, sem moradia digna, falta de professores e servidores (se expandindo gigantescamente as formas precárias de trabalho através da terceirização e professores temporários etc.), dentre diversos problemas que se acumulam e atingem a vida cotidiana de milhares de estudantes que são obrigados a muitas vezes abandonarem os estudos.