domingo, 17 de fevereiro de 2013

Criminalização dos movimentos políticos e sociais:



Denúncia do Ministério Público de São Paulo pretende levar 72 estudantes e trabalhadores da USP a 8 anos de cadeia

 

Brasil, 17 de Fevereiro de 2013 - Comunicado Nacional da RECC Nº12
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No dia 5 de fevereiro presente, o Ministério Público de São Paulo encaminhou denúncia contra 72 estudantes e trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP) que participavam da ocupação do prédio da Reitoria em novembro de 2011. Entre os “crimes” acusados pelo Ministério Público (MP) estão formação de quadrilha, posse de explosivos, danos ao patrimônio público, desobediência e crime ambiental por pichação, que podem levar a 8 anos de detenção.

A ocupação possuía como principal reivindicação o fim do convênio entre o Reitor da USP, João Grandino Rodas, e a cúpula da Polícia Militar para presença ostensiva desta no campus. Após a emissão de reintegração de posse pela Justiça de SP, o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), autorizou a tropa de Choque cumprir a desocupação do prédio. O ato da desocupação foi marcado pela desproporcionalidade de cerca dos 400 militares para a retirada dos 73 manifestantes, havendo ainda denúncias de abusos como torturas psicológicas e físicas por parte da polícia, e forte campanha midiática para deturpar os fatos e gerar argumento favorável ao uso da violência policial.