terça-feira, 12 de outubro de 2010

Plenária Nacional Sindical-Popular-Estudantil:

CONVOCATÓRIA PARA O FÓRUM NACIONAL DE OPOSIÇÃO PELA BASE

Convidamos todos os lutadores a Plenária Nacional de Oposição pela Base a ser realizado no Rio de Janeiro. O Fórum se constituiu a partir das plenárias organizadas no CONCLAT em Santos (Junho de 2010) para discutir e encaminhar possíveis atuações unitárias dos setores classistas e combativos do movimento sindical, popular e estudantil.

O fórum de resistência sindical e popular pela base é uma iniciativa de militantes do movimento sindical, popular e estudantil contra as atuais práticas políticas que tem se observado nos principais espaços de organização dos trabalhadores. Estas práticas que englobam decisões em cúpulas, crenças na pactuação com governo e empresários, greves fragmentadas, corrupção nas direções sindicais, defesa do interesse de correntes políticas específicas e lutas travadas na burocracia nada somam para a consolidação de um movimento efetivamente de base comprometidos com as decisões e caminhos apontados pelos próprios trabalhadores em suas assembléias em seus locais de trabalho.

Nesse sentido, a primeira tarefa é o rompimento com a aliança velada com o governo e com as práticas corporativistas que tanto enfraquece nossas lutas. Devemos romper com as organizações fragmentadas e lutas corporativistas isoladas, típicas do sindicalismo de resultados, e construir organizações unificadas de luta pela base. A reorganização efetiva não é a aliança entre partidos e correntes sindicais. A missão é mais complexa, séria e abrangente. Exige comprometimento com o debate e deliberações nas bases.

Precisamos construir um movimento de oposição nacional que possa lutar autonomamente, unificado por bandeiras de luta comuns e organizados desde os locais de trabalho. Neste sentido, é necessário construir um movimento amplo, que defenda o caráter sindical-popular-estudantil, as lutas unificadas pela base e a ação direta de classe.

Diante uma realidade Nacional pós liquidação da CONLUTAS e formação da CSP – Conlutas que gerou um processo desorganizativo no conjunto dos setores combativos que procuravam se organizar e lutar contra o governismo da CUT e CTB, convocamos todos os trabalhadores e militantes do movimento sindical, popular e estudantil a participarem de uma Plenária Nacional de Movimentos, Militantes e ativistas de Oposição com o intuito de impulsionar os primeiros passos rumo a uma verdadeira reorganização do movimento sindical-popular brasileiro com vista a construção de uma alternativa classista e combativa para a juventude e a classe trabalhadora brasileira.


DIAS 16 E 17 DE OUTUBRO

RIO DE JANEIRO/RJ

LOCAL: Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II

(SINDSCOPE)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Serviço Social em Luta!


Carta Programática do Coletivo Serviço Social em Luta - UFF (RJ)

Fazemos um chamado a todos os estudantes que se posicionam como sujeitos históricos de suas ações diante da construção de um Movimento Estudantil autônomo e combativo, no qual a participação de todos que afirmem uma posição classista, anti-governista e que neguem os acordos de cúpula, típico de reformistas oportunistas, faz-se mais do que necessária para a construção de um M.E. que lute pelos interesses dos trabalhadores e que perceba que a mobilização começa a partir da nossa vivência na luta por uma universidade que sirva verdadeiramente ao povo. Nós defendemos que:

  1. “A emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores” e ninguém mais. É inútil para os estudantes que afirmem uma posição em defesa da classe trabalhadora confiar em aparatos parlamentares, tribunais e seus membros. Os estudantes não devem direcionar suas lutas para a conquista de cargos na burocracia acadêmica, pois esta representa o protótipo do Estado burguês na universidade e deve ser abolida e concomitantemente contraposta pelo poder oriundo das assembléias comunitárias, do protagonismo das massas.
  2. A luta emancipatória da classe proletária é travada pelo método da ação direta (greves, bloqueios de estradas, ocupações, etc.). É neste tipo de luta que a classe oprimida adquire o sentimento de solidariedade, habilidade de auto-organização e consciência necessárias para a realização de suas reivindicações e da própria revolução.
  3. A universidade popular está diretamente ligada à transformação desta sociedade, portanto, é fundamental a articulação com o movimento secundarista e o movimento dos trabalhadores dentro (professores, técnicos e terceirizados) e fora da universidade (movimentos populares).
  4. Todo o poder tem que pertencer às assembléias com delegados eleitos e controlados pela base com mandatos imperativos e revogáveis. Defender gestões coletivas, que é um passo importante para chamar a responsabilidade de todos que se colocam como militantes e querem uma universidade com poder de decisão para o conjunto da classe trabalhadora.
  5. Devemos fomentar a construção de organismos de auto-organização dos estudantes que exerçam a democracia direta, que não só é uma forma mais democrática de organização, mas também é um método eficaz para desenvolver a luta política até o final contra os burocratas que com suas práticas tendem a trair o movimento, seja consciente ou inconscientemente e em ambos os casos o dano é o mesmo.
  6. O fim do vestibular! Temos de reivindicar o livre-acesso às Universidades. Ao terminar o ensino médio, o estudante entraria direto na universidade como já ocorre em países como Argentina e México. Pois entendemos que somente o povo poderá colocar a educação a seu serviço e não a serviço do mercado.
  7. Devemos lutar contra as opressões específicas (machismo, racismo, homofobia, etc.) entendendo-as como intrinsecamente relacionadas com a luta anticapitalista. Jamais esquecendo que somos estudantes de um curso em que seu código de ética aponta a necessidade de superação da alienada sociabilidade capitalista.
  8. Somos contra o discurso “independentista despolitizante” que, travestido de apartidário, busca utilizar a insatisfação dos estudantes com os partidos para servir aos interesses do capital e dos partidos reformistas e burgueses.


“Ousar pensar, ousar falar, ousar agir”.

www.sesoemluta.blogspot.com