domingo, 26 de outubro de 2014

Sobre os processos de sindicância na UNESP


Se nada escapa à luta de classes, nem a universidade e nem o movimento estudantil, é bem verdade que as lutas estudantis na UNESP não estiveram aquém da combatividade expressa pela tomada coletiva das ruas em junho de 2013.

Em julho, estudantes de 9 campi ao redor do estado ocuparam o prédio da Reitoria, em São Paulo, como acirramento da luta por melhores condições de ensino, permanência estudantil e democracia na universidade. Diante da ameaça de repressão, cientes de que não são as negociações a portas fechadas com reitores, mas sim a ousadia da ação direta coletiva que garantem as vitórias, os estudantes optaram pela resistência.  A resposta do governo estadual foi o envio de um grande efetivo da tropa de choque para efetuar a reintegração de posse do prédio e deter 113 estudantes.

A violência policial não foi suficiente. A reitoria da UNESP abre processo administrativo para punir os lutadores e assim intimidar e amedrontar o conjunto dos estudantes.