Se nada
escapa à luta de classes, nem a universidade e nem o movimento
estudantil, é bem verdade que as lutas estudantis na UNESP não
estiveram aquém da combatividade expressa pela tomada coletiva das
ruas em junho de 2013.
Em
julho, estudantes de 9 campi ao redor do estado ocuparam o prédio da
Reitoria, em São Paulo, como acirramento da luta por melhores
condições de ensino, permanência estudantil e democracia na
universidade. Diante da ameaça de repressão, cientes de que não
são as negociações a portas fechadas com reitores, mas sim a
ousadia da ação direta coletiva que garantem as vitórias, os
estudantes optaram pela resistência. A resposta do governo
estadual foi o envio de um grande efetivo da tropa de choque para
efetuar a reintegração de posse do prédio e deter 113 estudantes.
A
violência policial não foi suficiente. A reitoria da UNESP abre
processo administrativo para punir os lutadores e assim intimidar e
amedrontar o conjunto dos estudantes.