Solidariedade ao
professor Marcléo
Continua a luta em defesa do companheiro Marcléo Rosseli.
Seu caso vem sendo divulgado em alguns jornais e boletins de movimentos
sociais. Militante antigo da esquerda revolucionária no DF, um dos fundadores da Conlutas, o professor
Marcléo sofreu duas demissões políticas gravíssimas, das quais recorre na Justiça.
Os processos se arrastam até hoje, sem chegar a uma solução.
Primeiro, durante seu estágio probatório na Fundação
Educacional do DF, na década de 90, durante o governo Roriz (ex-PMDB, atual
PSC) e a gestão de Eurides Brito (PMDB), foi exonerado através de um processo
administrativo repleto de calúnias e vícios jurídicos. “Durante a gestão de
Cristovam Buarque foi formada uma comissão revisora do seu processo contando
com membros do SINPRO-DF. Porém, por fazer parte do bloco de oposição ao
sindicalismo pelego, foram retiradas as questões mais graves e absurdas na
tentativa de dar legalidade e legitimidade ao processo, mantendo a maior
penalidade: demissão do serviço público ao professor” (blog Combate Estudantil,
28/11/2010).
Depois, sem ser readmitido no DF, em 2004, o companheiro
Marcléo passou em novo concurso para docente em Valparaíso de Goiás (Entorno do
DF). “Por manter sua postura militante, ter liderado uma longa greve da
categoria, ter lutado juntamente com à comunidade pela retirada de um lixão da
cidade, estar a frente da campanha vitoriosa pelo não fechamento do EJA
(Educação de Jovens e Adultos), o companheiro foi novamente demitido e ainda
pior, teve sua aposentadoria decretada forçosamente, e hoje está impedido
legalmente de realizar novos concursos ou trabalhar com carteira assinada”
(blog da UNIPA, 22/09/2012).
Além de contar com a colaboração das burocracias
sindicais da CUT, ligadas ao PT e PC do B, que agiram como verdadeiras
traidoras da classe trabalhadora, os governos do DF e de Goiás também foram
ajudados pela omissão sectária de diversos militantes e setores da esquerda,
inclusive antigos colegas de partido do próprio Marcléo (então no PCO) que não
apoiaram sua defesa nem se manifestaram sobre o caso.
Para defender o companheiro, foi criada, em 2010, a
Comissão de Combate ao Assédio moral e à Criminalização dos Movimentos Sociais
e seus Militantes do DF/Entorno, composta por sindicatos, organizações do
movimento estudantil e popular e independentes (tais como SINDÁGUA-DF,
SINDICAL, UNIPA, RECC E SINDMETRÔ-GESTÃO 2008/2010), que vem buscando divulgar
o caso e apoiar Marcléo.
A
perseguição política é um mal que ameaça a todos os militantes de esquerda e é
um dos meios mais eficazes para o Estado frear a luta coletiva. É preciso dar
todo o apoio ao companheiro Marcléo, divulgar o seu caso exemplar de
perseguição, e responder a este com um exemplo de resistência e solidariedade
classista! ■
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