quinta-feira, 11 de agosto de 2011

[jun/11, UFRRJ] Plenária Estudantil Classista e Combativa


Relato da Plenária Estudantil Classista e Combativa:
  AVANÇA A ORGANIZAÇÃO E LUTA POR UM MOVIMENTO DE OPOSIÇÕES ESTUDANTIS!


Durante o dia 25 de junho de 2011, ocorreu na cidade de Seropédica-Rio de Janeiro, no campus da UFRRJ, a Plenária Estudantil Classista e Combativa, organizada pela RECC. Com o claro objetivo da necessidade de reunir e articular a militância estudantil para avançar a luta e enfrentamento aos ataques neoliberais do Governo Lula-Dilma e da burguesia, a pauta da Plenária buscou contemplar, por exemplo, o “novo” PNE – um pacote neoliberal para a educação. 

Primeiramente é importante colocar que, sendo a Plenária uma instancia organizativa que ocorreu de forma paralela e independente do Congresso da ANEL, nem por isso a RECC deixou de fazer propaganda de sua estratégia e programa classista e anti-reformista, combatendo mais especificamente o para-governismo do PSTU e ANEL para os estudantes ali presentes, muitos deles eleitos como delegados em processos altamente despolitizados e burocrático/quantitativos.

A Plenária Estudantil Classista e Combativa conseguiu reunir durante todo o dia 25, cerca de 70 estudantes, entre universitários e secundaristas das seguintes instituições: UnB, UFC, UFF, UEM, UNESP/Marília, PUC-Rio, UFRJ, UEL, UFRRJ, UNESP/Franca, UFPE, USP, Centro de Ensino Médio 01 (DF), UCSAL, UFMA, Liceu Maranhense, Centro de Ensino Coelho Neto (MA), IFBA-SF e CIEP 432 A. Cavalcanti (RJ), além de receber duas cartas de adesão - uma do coletivo Pedagogia em Luta-UFC e outra de uma estudante de psicologia da UFC. Além disso, contou com a presença e apoio de camaradas do movimento sindical (petroleiros-GLP, professores, servidores públicos, “precarizados”) que levaram a saudação do Fórum de Oposição pela Base e as saudações revolucionárias de um ex-comandante político-militar do PCBR.

A Plenária abriu com a apresentação da pauta e da dinâmica organizativa do espaço. As pautas estavam dividas em: 1) Apresentação da Plenária e da RECC; 2) Informes das lutas locais – aberto para as falas de todos camaradas; 3) Política Neoliberal do Governo e Reorganização do ME – onde dois militantes da RECC apresentaram o tema e abriu-se para o debate; 4) Encaminhamentos. Depois da janta ocorreram os GDs de movimentos de curso, onde os estudantes se dividiram em Ciências Sociais, Serviço social, Pedagogia e História.

Apesar do tempo de apenas um dia para debater temas tão importantes, os debates e encaminhamentos da Plenária com certeza foram um marco no processo de reorganização anti-governista e classista da luta dos estudantes-proletários brasileiros.

Na primeira pauta foi ressaltada a importância histórica daquele espaço de articulação para a luta estudantil e do processo maior, da trajetória da RECC, que veio a culminar naquela Plenária. Fez-se um pequeno retrospecto dos dois anos de atuação incansável da RECC em importantes lutas estudantis pelo passe-livre, contra o Novo ENEM e vestibular, contra o REUNI, pela assistência estudantil, contra o PNE e o corte orçamentário na educação.

Os informes de camaradas de Fortaleza, de Marília, de Salvador, de secundaristas de Brasília etc. foram muito importantes para qualificar a crítica aos reformistas governistas (UNE e UBES) e para-governistas (ANEL), assim como para demonstrar diversos processos de lutas pelo país que tornam urgente a organização e direção sob um programa classista e combativo. Nos informes ficou latente a vontade de participar, de expor suas realidades e lutas locais, por parte da estudantada.

A terceira pauta: “Política Neoliberal do Governo e Reorganização do ME” foi aberta pelos camaradas da RECC que muito bem apresentaram as determinações internacionais e imperialistas das atuais políticas educacionais, tais como o Ensino Médio Inovador, Reforma Universitária, REUNI e como na prática estas políticas estão articuladas com a burguesia nacional no processo de acumulação capitalista no setor educacional, onde vemos surgir instituições de ensino privada em cada esquina, onde vemos fundações e empresas privadas orientando grande parte da produção científica etc. Na parte de reorganização do ME, foi feito uma retrospectiva da luta estudantil brasileira, desde os períodos combativos da UNE na década de 60, passando pela “redemocratização” e refundação da UNE em 1979 totalmente vinculada aos “ventos” democrático-burgueses e reformistas da UJS/PCdoB. A análise ainda caracterizou de forma mais clara a conjuntura atual, o Governismo da UNE e UBES e Para-governismo da ANEL.

No debate, camaradas de todas as regiões e estados participaram e contribuíram com as análises, seja dando mais detalhes locais sobre os impactos das políticas neoliberais nos seus estados, seja abordando temas teóricos relativos à educação ou reorganização do movimento de massas brasileiro.

Após os debates foi feito uma síntese de encaminhamentos que foram apresentadas e aprovadas na Plenária. Os encaminhamentos foram:

Linhas de atuação:
1) Unificação das lutas de estudantes e trabalhadores da educação a partir da ação direta de massas em oposição ao parlamentarismo;
2) Construir oposições e grêmios classistas e combativos nos respectivos locais de estudo;
3) Realizar blocos estudantis classistas nos atos e mobilizações com as pautas defendidas pela RECC (passe livre, assistência estudantil etc.);
4) Fortalecer a Semana Nacional Classista e Combativa (na semana do dia dos estudantes);
5) Reforçar o trabalho de base por fora da UNE e deslegitimação da mesma;

Campanhas:
1) ABAIXO OS CORTES NA EDUCAÇÃO E O PNE NEOLIBERAL!
2) PASSE LIVRE OU REBELIÃO!
3) CONSTRUIR A GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!

Para construir as campanhas:
1) Fazer um panfleto/comunicado unificado explicativo e agitativo com os motes das campanhas deliberadas;
2) Realizar uma reunião virtual para reforçar e encaminhar as campanhas;
3) Realizar pinturas pelos muros das cidades e instituições de ensino com os motes das campanhas.

A Plenária Estudantil Classista e Combativa acabou com a leitura destas deliberações e, após a leitura todos os estudantes e trabalhadores presentes na Plenária se levantaram e entoaram o hino histórico (e mais do que atual) da classe trabalhadora mundial: “A Internacional”. Certos de que, apesar de ainda minoritários, nossos esforços estão dando resultados e nós estudantes proletários quando munidos de um programa e uma estratégia corretos, somos capazes de superar qualquer adversidade, caminhando lado a lado com nossa classe. Certos de que estamos fortificando e estreitando os laços desta rede de oposições estudantis, da corrente classista e combativa dos estudantes brasileiros.



“FAÇAMOS COM NOSSAS MÃOS TUDO O QUE A NÓS NOS DIZ RESPEITO.”
CONSTRUIR A GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!
ABAIXO OS CORTES NA EDUCAÇÃO E O PNE NEOLIBERAL!
VIVA A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA!
ABAIXO UNE E UBES PELEGAS!
POR UMA EDUCAÇÃO POPULAR!



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