quinta-feira, 4 de abril de 2013

Nota de saudação da GEA à RECC

Agradecemos a saudação espontaneamente redigida pelos companheiros do GEA (Grupo Estudiantil Anarquista), da Colômbia, reconhecendo a importância da SNCC (Semana Nacional Classista e Combativa) para manter a memória de estudantes que tombaram e ao nosso esforço na reorganização do Movimento Estudantil combativo. Demonstrações como essa nos fortalecem na certeza do caminho que estamos tomando, na seriedade da luta combativa dos estudantes.

Aproveitamos também para ressaltar a importância da construção internacionalista do Movimento Estudantil Combativo, pois sabemos que nossa classe é internacional e que a exploração dos trabalhadores e estudantes acontece no mundo todo.



Segue a tradução.

Uma afetuosa e libertária saudação aos companheiros da RECC (Rede Estudantil Classista e Combativa)

"Una pulga no puede picar a una locomotora, pero muchas pulgas pueden llenar de ronchas al maquinista." (Libertad) historieta
Mafalda

Sentimos alegria, porque sabemos que por onde caminhamos, vamos bem, a unidade estudantil ao sul do mundo vem se organizando e a revolução está se aproximando.

Em momentos fundamentais para a humanidade que nos querem impor uma única forma de pensar e atuar, onde as únicas coisas realmente globalizadas no mundo são a falta de educação; a fome; o assassinato e o ódio, o que nos pertence principalmente é a luta pela unidade e a vitória.

Por isso, o Grupo Estudantil Anarquista (GEA), nascido no interior das universidades públicas e privadas na Colombia, que aposta no Comunismo Libertário, na organização de base, no Federalismo das assembleias horizontais, na Autonomia, na Autogestão, entre muitos outros pilares, recebemos com muita felicidade e gratidão as saudações além das fronteiras colombianas; nesta ocasião, de um território tão combativo, com um povo digno e lutador como o brasileiro.

A morte e o desaparecimento, durante a história da América do sul, de milhares de estudantes nos machuca, nos fere, enche-nos de raiva e faz-nos lembrar a necessidade de seguir lutando. Nos machuca, porque eram estudantes que lutavam por um mundo sem desigualdades e contra a repressão, seja de onde vier, nos fere, porque do momento em que os vigiantes da ordem atual, entre eles os ditadores homicidas e seus mercenários da morte, impuseram que nunca mais os olhos de esperança daqueles estudantes seriam caminhos de liberdade, o caminho se mostra mais espinhoso, mas não impossível e nos enche de raiva, porque sabemos que o derrame de sangue estudantil ainda continua.

Sendo assim, companheiros do Brasil, nós do Grupo Estudantil Anarquista (GEA) manifestamos nosso total apoio, respaldo e solidariedade no desenvolvimento da Semana Nacional Classista e Combativa que vocês estão promovendo, em memória aos mortos durante a ditadura militar, que o mundo precisa hoje, mais do que nunca, por duas razões: 1) o assassinato de estudantes críticos na América do Sul segue na mesma lógica, promovida pelo exemplo da terrível ditadura, como a que vocês sofreram. 2) a memória daqueles estudantes que deram a vida tem que ser memória viva, memória rebelde, memória ensinada, memória falada, memória transmitida a novas gerações de estudantes e memória construtora de um mundo novo.

Sem mais no momento, só nos resta desejar-lhes que os objetivos da semana combativa organizada por vocês, em memória dos estudantes mortos, sejam alcançados, esperando que a comunicação entre sonhadores de um mundo novo siga fluindo, para construir à todos a vitória esperada.

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