quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Luta secundarista no Distrito Federal

CONSTRUIR GRÊMIOS ESTUDANTIS COMBATIVOS E INDEPENTEDES DE DIRETORIAS, GOVERNOS E EMPRESÁRIOS!


É incomum nas escolas do DF a existência de Grêmios que represente e organize os estudantes. Menos comum é, nos poucos que existem, o debate político e a atuação para combater os problemas enfrentados no ensino, como os programas do governo local e federal, o sucateamento etc. Isso se deve, em parte, à própria concepção de "o que é um Grêmio" existente entre os estudantes, onde muitos acreditam ser esse um espaço para organizar festas, auxiliar o trabalho das diretorias, e que na maioria das vezes é ocupado por aqueles grupos de pessoas mais "populares" do colégio.


Outros motivos também dificultam a auto-organização séria dos estudantes. Muitas vezes as diretorias escolares causam graves impedimentos para a simples atividade e existência independente dos grêmios e até mesmo suas eleições. Em abril tivemos ainda a ousadia da Secretaria de Educação -nossa inimiga nº1- querendo dar a linha nos grêmios do DF. Superar essas interferências deve ser o primeiro passo para criar grêmios de luta.


Há ainda movimentos bem “conhecidos” que dizem representar os estudantes, como é o caso da UBES e UMESB. A primeira, na prática, é defensora e defendida pelo próprio governo Lula/PT e, por priorizar o Estado (eleições, deputados, senadores) como meio de conduzir as lutas, não representa enfrentamento efetivo nem mesmo contra as políticas neoliberais do governo Arruda/DEM. Se coloca como uma representante do Governo Federal no meio estudantil, portanto incapaz de representar o estudantes. Sua atuação esta condicionada à tática eleitoral, colocando, assim, os estudantes num plano menos importante da luta. A Umesb, esta entidade fantasma, é velha conhecida no ramo lucrativo e mafioso das carteirinhas e há muito tempo está próxima ao GDF. Romper com esses movimentos governistas, reformistas e burocratizados é passo fundamental na reorganização dos estudantes a partir da estratégia combativa!


A prática dos grêmios com concepções “farristas” e de “amigos da diretoria” jamais representará os estudantes nem nossas reivindicações imediatas de melhoria no ensino público. Por outro lado, a via parlamentarista e legalista (atravez de parlamentares e órgãos como ministério público) que a UBES nos sugere coloca o movimento estudantil a reboque das políticas eleitoreiras, não apresenta avanços em longo prazo na fortificação pela base dos estudantes muito menos forja a independência e solidariedade de classes (aliança com os trabalhadores da educação) que devemos ter.



VIA CLASSISTA E COMBATIVA AOS ESTUDANTES


Durante a gestão do governo Arruda, as escolas públicas do DF tomaram vários golpes: desestruturação de laboratórios; tele-aulas a repetentes; a burocrática gestão compartilhada; pró-mérito, que força as escolas alcançarem metas de “vitrine”; remanejamento de professores resistentes a tais métodos; abertura das escolas para a iniciativa privada, patrocinada com dinheiro público etc.


Para que o ensino público esteja submetido às necessidades dos estudantes, professores e servidores, um ensino com qualidade e mais universal, é necessário combatermos tais programas. No entanto, nossas reivindicações vão além: aumento da oferta de vagas, mais professores, mais verba para o ensino, reformas nas estruturas físicas, passe-livre sem restrições, diretorias eleitas diretamente pela comunidade escolar, avaliação e aplicação do conhecimento de forma adequada.


A alternativa de organização que colocamos aos estudantes parte dos princípios da independência frente às diretorias, aos governos, aos partidos e aos empresários; a democracia de base, para que todos os estudantes participem das lutas; a ação direta, ou seja, o protagonismo estudantil fora das vias parlamentares (ocupação de ruas, greves, piquetes etc).


Para isso, estamos construindo nacionalmente a Rede Estudantil Classista e Combativa - RECC, composta por estudantes universitários e secundaristas. Convocamos os estudantes do DF a travarem conosco esta batalha. Sozinhos, poderemos ser poucos, mas juntos teremos o poder necessário para nossas conquistas!



Grêmio estudantil deve ser organizado unicamente pelos estudantes! Romper com a UBES governista e reformista! Construir o movimento estudantil classista e combativo pela base!

Ação direta é a nossa arma!

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